Guerra acesa nos depósitos a prazo
O s bancos entraram na época do ano em que se tornam mais agressivos, na tentativa de captar depósitos que passem o ano e que lhes permitam exibir demonstrações financeiras mais sólidas. Este ano, fruto da crise de liquidez que afecta a banca nacional, as condições oferecidas são extremamente competitivas
O BES, o Banif e o Banco Popular são os bancos que estão aparentemente mais agressivos na guerra pela captação de depósitos, mas os outros bancos não deverão deixar estes ataques sem resposta.
Nestas condições, este é um bom momento para se fazerem depósitos a prazo, pois os bancos ainda não conseguem financiar- -se facilmente no mercado interbancário nem no mercado de obrigações e continuam a privilegiar o financiamento directo ao Banco Central Europeu.
Apesar de a dependência dos bancos nacionais relativamente ao BCE ter reduzido ligeiramente no último mês, tendo pedido menos 9 mil milhões de euros do que no mês anterior, este valor é ainda mais do dobro do registado em Abril deste ano.
Esta elevada dependência do BCE constitui uma enorme preocupação para os bancos pois, com a melhoria da economia na Europa, sobretudo na Alemanha, parece cada vez mais provável que o BCE comece a eliminar os mecanismos extraordinário de concessão de liquidez com que tentou minimizar os efeitos da crise.
É natural que os bancos nacionais, por causa da menor disponibilida do BCE para conceder crédito, sejam forçados a fazer emissões de obrigações em que terão de pagar 1% ou 2% acima das taxas a que o Estado português se está a financiar, o que, por exemplo a 10 anos, representaria taxas entre 7% e 8%.
Isto obriga os bancos nacionais a tentarem reforçar ao máximo a captação de depósitos dos seus clientes, que se contentam com taxas menores, são bastante mais fiéis e a quem se podem sempre tentar vender outros produtos bancário.
Na nossa opinião, o prazo ideal será de pelo menos um ano. Não faça só por 3 ou 6 meses, pois é provável que no vencimento não encontre taxas tão atractivas como as actuais.
Idealmente, deve mesmo optar--se por depósitos a vários anos, com pagamento periódico de juros, em que se pode sair após o pagamento de juros, sem qualquer penalização. Estes permitem beneficiar de taxas muito boas, juros pagos periodicamente e a possibilidade de sair sem penalização, nas datas de pagamento de juros, caso se encontre um depósito melhor ou se necessite do dinheiro.
Os melhores depósitos com estas características são neste momento: o depósito 3,75% do Banco Finantia, o DP 3:30 do Finibanco, os DPs Crescentes do Banif e o DP Conta Rendimento CR do BES .
No quadro abaixo, pode ainda consultar as melhores ofertas de depósitos para prazos de até 12 meses, em função do prazo e do montante.
E é sempre importante não esquecer que o máximo coberto pelo fundo de garantia de depósitos é de 100 mil euros por titular até 31 de Dezembro de 2011.
Aviso importante: Não dispensa a consulta das condições completas dos produtos junto das respectivas instituições financeiras.
fonte:dn.sapo