Quem paga mais nos depósitos a prazo?
A concorrência para captar depósitos a prazo continua acesa, com alguns bancos a oferecerem taxas superiores a 4%.
A crise de liquidez que os bancos nacionais continuam a viver mantém acesa a guerra pela captação de depósitos a prazo.
Na prática, uma vez que o montante de poupanças que os portugueses possuem é relativamente estável e não é suficientemente grande para satisfazer as necessidades de financiamento dos bancos, a captação de mais depósitos por parte de um banco faz-se, necessariamente, à custa de depósitos que estejam noutros bancos.
Segundo dados divulgados pelo Banco de Portugal esta semana, o montante total de depósitos de particulares cresceu apenas 2% em 2010, o que vem demonstrar que para os bancos conseguirem aumentar o volume dos seus depósitos têm de o fazer através de melhores ofertas que a concorrência.
Esta necessidade de captar depósitos é crítica para a saúde das instituições financeiras nacionais, pois os mercados interbancários internacionais continuam fechados para eles e apesar de alguma moderação na concessão de crédito, este continua a aumentar ligeiramente.
Esta situação deve ser aproveitada pelas pessoas com poupanças porque é uma situação única na história, com os bancos a pagarem pelos depósitos taxas muito superiores à Euribor e mesmo superiores ao que recebem da maior parte dos seus clientes no crédito habitação.
São vários os bancos que estão a pagar taxas de 4% ou mais aos clientes particulares, como o Activo Bank, o Best e o Finantia.
Qual o prazo ideal?
Neste momento, o prazo ideal deverá ser de 6 meses ou então optar por depósitos a vários anos.
Os melhores depósitos a prazo
De facto, os melhores são os depósitos a vários anos, com pagamento periódico de juros, em que os clientes podem sair sem qualquer penalização após o pagamento dos juros. Assim, os clientes ficam com a opção de sair, se encontrarem um depósito melhor. São exemplos o depósito 3,75% do Banco Finantia, o DP Rendimento CR do BES e os DP Crescentes do Banif.
E é sempre importante não esquecer que o máximo coberto pelo fundo de garantia de depósitos é de 100 mil euros por titular até 31 de Dezembro de 2011.
fonte:http://www.dn.pt/